Foda-se você, eu sou gostosa!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010


Hoje pela nonagésima vez eu inventei um namorado. Ele era gatinho até, tinha olhos cor de mel e exalava um cheiro bom. Mas mesmo assim não era nada do que eu queria. Não que eu seja exigente, bem, talvez eu seja, mas é que eu sempre espero de mais do mundo que talvez não tenha tudo isso pra me oferecer. Depois fico sozinha. Depois me exaspero por achar que vou terminar solteira. Depois vou pra uma festa qualquer, encho a cara e fico de bode na manhã seguinte pensando nas merdas que eu disse. Vá por mim, não é por mal. Não é culpa minha se as pessoas tem medo de chegar em mim. Não é culpa minha se eu passo imagem de garota centrada e misteriosa. Eu só não faço pose de to livre.
Um dia eu achei um cara que realmente valesse a pena. Só pelo lado de fora, né, por que depois descobri que ele era um puta de um cara chato. No dia seguinte me apaixonei pelo vocalista da banda do momento. Depois fiquei sabendo que ele era gay. A fossa foi curada por uma paixão platônica pelo cara que vende pastel na feirinha. Ele tinha namorada.
Depois ninguém sabe por que eu to aqui, sozinha.
Não vem dizer que eu do uma díficil, que eu me acho. Eu só não pago de vadia. Eu só não saio pela night em busca de qualquer boca pra trocar bactérias. Eu só não fico jogando charme pra cima de qualquer miséria. Não é se achar, é saber que eu mereço algo melhor, só isso.
Também não to dizendo que eu quero um namorado. Não quero alguém pra apresentar aos meus pais e comer macarronada no almoço de domingo, depois deitar todo mundo no sofá da sala pra assistir Shrek. Eu quero alguém pra curtir. Alguém pra tocar violão numa praça qualquer e dizer qualquer coisa simples, comentar sobre qualquer coisa ou ate mesmo falar mal de alguém. (...)

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